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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Espanhóis querem adquirir 55% da Okyta Mineração, em Quixeré.


Com o investimento na futura cimenteira, o grupo Añon chegará a aplicar 600 milhões de euros no Estado

O grupo espanhol Hierros Añon, que instalará uma siderúrgica laminadora no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), deverá alocar mais cerca de 200 milhões de euros (cerca de R$ 480 milhões) em um outro investimento no Ceará.
Os espanhóis estão em fase final de negociação para a compra de 55% de participação da Okyta Mineração, um parque industrial montado no município de Quixeré, na região jaguaribana. A ideia é ampliar a fábrica para a produção de cimento.

As tratativas foram confirmadas pelo diretor presidente da Okyta, Fernando Gurgel, que adiantou que já existe um protocolo de intenções assinado entre as empresas.

"Estamos finalizando as negociações. Iremos nos reunir com o grupo e espero que, em duas semanas, no máximo, possamos fechar as condições do contrato", informou.

O projeto prevê a produção de três milhões de toneladas anuais de cimento.

Produção

Empresa do grupo Santana Textiles, a Okyta foi inaugurada em 2008, com um investimento de R$ 15 milhões. Atualmente, a indústria produz carbonato de cálcio micronizado, matéria-prima para a produção de plásticos e também para fabricação de tintas. O investimento milionário da Añon irá ampliar o parque fabril para a produção de cimentos. Gurgel diz que, por hora, ainda não é possível ter previsões de quando poderão começar as obras, nem de quando se projeta a operação da unidade, detalhes que deverão ser fechados nestas próximas semanas. Hoje, a Okyta emprega 51 pessoas em sua planta.

O diretor-presidente da empresa acredita que, com as obras de ampliação sejam contratadas cerca de mil pessoas. Para a fase de operação, deverão ser efetivadas aproximadamente 250 funcionários, que se somarão aos 51 já existentes. Esta semana, os empresários de ambas as empresas deverão se reunir.

Fortalecimento do setor

Com o investimento, será fortalecida a indústria de cimento no Ceará. Esta será a 5ª unidade produtora no Estado, que já contava com duas indústrias, uma em Sobral (Votorantim) e outra em Barbalha (Nassau) e mais recentemente recebeu outras duas plantas, localizadas no Pecém: outra da Votorantim e a Cimentos Apodi, do grupo Ivens Dias Branco. Com isso, o Ceará será o Estado nordestino com o maior número de indústrias cimenteiras, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNC).

Hierros Añon

Com o investimento na futura cimenteira, o grupo Añon chegará a aplicar 600 milhões de euros no Ceará (cerca de R$ 1,4 bi), levando em consideração os 400 milhões de euros que deverão ser aportados da Siderúrgica de Pecém S.A. Desta forma, o grupo já entra como um dos principais investidores estrangeiros no Estado, juntamente com as sul-coreanas Posco e Dongkuk, sócias da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Primeiro módulo da laminadora operará em 2013.

O primeiro módulo de produção da siderúrgica laminadora que será instalada pelo grupo espanhol Añon no Ceará já deverá estar operando no primeiro semestre do ano que vem. Esta é a expectativa do proprietário do grupo, Manuel Añon, que está em Fortaleza e se reúne hoje, pela manhã, com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Roberto Smith. A agência será sócia do projeto, com 10% de participação acionária.

Ontem, o empresário reuniu-se com o deputado Federal Antonio Balhmann, que era presidente da Adece à época em que os contatos para o investimentos foram iniciados, e com o economista Alcântara Macedo, que direcionou o projeto de Añon ao Ceará. Segundo Macedo, estão sendo elaborados, no momento, o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para o empreendimento, por uma empresa já contratada.

O projeto já conta, segundo ele, com Licença Prévia (LP), emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que aprova o empreendimento e sua localização. "Assim que for expedida a Licença de Instalação (LI), a empresa irá iniciar as obras", afirma. Desta forma, a laminadora começará a operar ainda antes da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que pretende iniciar sua produção em outubro de 2015. O terreno, com 1,5 milhão de metros quadrados, já foi adquirido no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

Projeto em três módulos

O projeto prevê a instalação da usina de aços longos e laminados em três módulos, envolvendo investimentos de R$ 1 bilhão (600 milhões de euros), segundo informações que já vinham circulando na imprensa espanhola. "Este empreendimento é muito importante para a economia do Ceará, porque a produção da usina é matéria-prima para a indústria metalmecânico, propiciando a criação de um polo no Estado, com montadora e fábricas de produção de eletrodomésticos linha branca", destaca Macedo. A capacidade total da usina será de dois milhões de toneladas anuais. O potencial do primeiro módulo, contudo, ainda não é divulgado.

"O projeto está sendo elaborado, e pode ainda sofrer modificação. Isso depende muito do mercado, das demandas", esclarece o economista. Ele adianta que o ex-secretário de Infraestrutura do Estado, Luiz Eduardo, foi escolhido presidente executivo do empreendimento, cujo nome (até então chamado de Siderúrgica do Pecém S.A) será definido ainda esta semana. Os engenheiros da Añon se voltam, atualmente, para a adaptação - ou "tropicalização", como vêm chamando - da planta, que foi concebida para a realidade espanhola e agora está sendo moldada para a cearense. Os recursos para iniciar as obras já estão garantidos, uma vez que a Añon é um grupo firmemente capitalizado, e que poderá dar o pontapé inicial do empreendimento ainda antes de aprovado financiamento, que está sendo negociado com o BNB.

Añon se reunirá ainda na quarta-feira com o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Cede), Ivan Bezerra. Ele gostaria de um encontro com Cid Gomes, mas o governador está em Brasília.

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QUIXERÉ

QUIXERÉ A cidade que tem essa denominação proveniente do nome do rio que atravessa o município. Sua origem tem como referenciais os nomes de Manuel Filipe da Silva, Cândido Chicó, Manuel Xavier da Silva e Antônio Costa.A partir de 1840, eles foram os primeiros a fixar moradia no local onde é hoje o município.O povoado tornou-se distrito do município de Russas em 4 de dezembro de 1933, pelo Decreto-Lei de n.º 1.156. Finalmente elevou-se à categoria de município em 11 de abril de 1957, através da Lei de n.º 3.573. Foi instalado a 15 de maio do mesmo ano. Sua área é de 617 km2. Sua população está estimada em 18.780 habitantes, segundo dados do IBGE de 01 de julho de 2005. Tem como distritos Quixeré, Água Fria, Lagoinha e Tomé.A distância de Fortaleza é de 214,1 km. As vias de acesso são CE-377, CE-265 e BR-116.São belezas naturais de Quixeré a Serra do Apodi e os Rios Jaguaribe e Quixeré.Seus principais eventos são: São José (19/3),Nossa Senhora de Fátima (13/5),Dia do Município (15/5),Vaquejada (7 e 8/7) e a Festa da Padroeira (8/12). A prefeitura municipal tendo a frente o prefeito Raimundo Nonato Guimarães Maia (Pitiúba)